Pedaços de eStrela
E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas."
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
POR QUE?
Por que tem tanto tempo que eu não piso aqui? ou melhor que eu não escrevo aqui?
Eu amo escrever, acho que o que me falta é displicência.
Além disso, adoro isso. Adoro escrever pra mim mesma.
Não preciso de ninguém dizendo se tá bom ou se tá ruim, não preciso acertar no português (e olha que sou bem criteriosa com isso), não preciso usar máscaras, não preciso fingir que estou sempre feliz, nem usar frases de efeitos.
Sim... Eu adoro escrever pra mim mesma
Eu adoro lê-los, pôr pra fora aquilo que tá lá dentro, sempre foi assim, sempre fui melhor com as palavras escritas do que com as faladas.
É como se o mundo todo parasse pra me ver escrever, agora sou eu e não mais o lápis, agora sou eu e o teclado. Eu e a minha imaginação, eu e os meus sentimentos, eu e eu... Eu e a minha ilusão de um dia ser uma escritora.
Sim... Escrever pra mim também exige muito trabalho, às vezes sou criteriosa.
Talvez agora descobri a resposta do pq!!!!
Como Naquela Rua...
Certa vez
ouvindo Naquela Rua, eu comecei a pensar sobre a letra da canção. E comecei a
pensar como existem sentimentos que são constantes em mim, parece que sempre
existe uma mistura de nostalgia com saudade, ou talvez mas do que isso existe
dentro de mim uma eterna gratidão por aquilo que vivi, por aquilo que Deus me
proporcionou viver.
E essa música me recorda grandes momentos da
minha vida a minha infância: uma época em que todos os meus sonhos estavam a
minha mão, eu queria ser bióloga para trabalhar com as formigas, professora,
ginasta, bailarina, escritora e no fundo eu era tudo isso, porque até então
ninguém havia dito que eu não podia ser tudo isso.
Na rua onde
eu nasci, eu chegava da escola e brincava de roda livremente até algum adulto
gritar na janela : "Tá na hora de você entrar". Eu não passava a tarde na frente de
um computador ou trancafiada em cursos de inglês, natação e computação.
Na rua onde
eu nasci a gente conhecia as pessoas pelos nomes e não por fotos de perfis, as
mães tinham mais tempo pros filhos e os filhos ficavam felizes quando o pai
chegava em casa.
Na rua onde
eu nasci a gente olhava o pôr do sol e descia a ladeira de patinete, as mães não tinha medo da gente ser morto por um motorista bêbado louco ou ser sequestrada.
A gente
vivia ralado de aprontar mas o coração sempre cheio de boas lembranças, de ir
ao cinema com os pais, de esperar a mãe escolher roupa porque naquela época
eram elas que escolhiam nossas roupas.
Onde estamos
vivemos? Porque as ruas mudaram tanto? Por que as pessoas mudaram tanto?
Pelo padrão
imposto pelo regime capitalista que transforma nossas crianças em consumidores
desenfreados e em em potencial, num consumo cada vez mais adulto onde criança
veste aquilo que o adulto veste, onde criança come o que o adulto come, brinca de brincadeiras
que não eram pra elas,assistem programas que não são pra elas, crianças não
brincam mais, são cobradas o tempo todo, precisam ser pequenos adultos que
não tem mais o direito de brincar naquela rua porque o mundo exige perfeição, que
você seja o melhor e por isso não sobra tempo depois do curso de inglês da
natação, da aulas de ballet e das inúmeras aulas de reforços e outros cursos.
O que
fizeram com nossas crianças, o que fizeram com nossas ruas? Somos dominados
pelo medo e pela insegurança e nos acostumamos a reduzir sentimentos e alargar
as distâncias.
Talvez por
isso essa minha eterna cisma em voltar a rua
onde eu nasci e lembrar como é ser feliz, por isso essa minha eterna
vontade de subir no pé de manga, misturar doce com salgado, de pular amarelinha
sempre quando vejo uma na rua, de me lambuzar sempre que tomo sorvete, de pular de corda e ser feliz nas pequenas coisas
sem me preocupar com a opinião de terceiros.
Sim a eterna
criança ainda vive dentro de mim, como Naquela Rua!!!
quinta-feira, 19 de julho de 2012
CANÇÃO
E mesmo quando tudo for silêncio
E o sorriso não passar de uma lembrança da memória
E a alegria de um sorriso distante
Mesmo assim vou te levar em mim
Como uma canção que nunca vai perder a melodia
com o tempo, com o silêncio, com o minuto...
E o sorriso não passar de uma lembrança da memória
E a alegria de um sorriso distante
Mesmo assim vou te levar em mim
Como uma canção que nunca vai perder a melodia
com o tempo, com o silêncio, com o minuto...
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Mais uma saudade
Um sentimento que eu não consigo definir bem dentro de mim. Já não sei se me faz bem ou mal, só sei que sempre vem acompanhada de um aperto no peito e um nó na garganta.
Ás vezes a saudade é boa e traz a expectativa do reencontro, outras vezes é tão perversa que quando você percebe, ela só deixou dor.
Saudade, a minha vida é feita de saudade: saudade das brincadeiras e das cantigas de roda, saudade de sorrir até a barriga doer e me lambuzar de chocolate sem me importar com a opinião alheia, saudade de acreditar em contos de fada.
Saudade de quando as pessoas faziam laços e não contratos, de quando as crianças eram ingênuas e de quando a visita ao dentista era a principal preocupação.
Saudade daquele sorriso, dos amigos da infância, da escola, da faculdade, do trabalho, dos que já se foram e daqueles que permanecem dentro de mim, mas não perto de mim.
Saudade de dizer: "até amanhã". Saudade de tanta coisa que não posso expressar e nem medir que parece que vivo no passado.
A saudade não me incita a olhar pra trás, mas me impulsiona a viver intensamente, a dá valor as pequenas coisas e momentos, olhar pro coração das pessoas e não pra roupa que a define.
Porque se assim não for aquilo que amamos pode ser arrancado de nós inesperadamente e um dia pode se tornar em apenas mais uma saudade.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
POEMA SUBJECTIVO
Eu não estou tentando ser compreendida e nem tão pouco serei
A minha tentativa é apenas circunstancial
Mas na circunstância me perco no instante
E o instante tem me levado mais além: A um além que nem mesmo eu,
com toda a minha ordem lógica não pude prever.
Mas se a ordem lógica torna da racionalidade um caos
Eu me perdi de vez... no instante, na tentativa, na circunstância e no olhar.
Eu me perdi outra vez
Eu não estou tentando ser compreendida nem tão pouco serei
Só estou na tentativa daquilo que não existe, nem talvez
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
APARIÇÃO
Surge triste estrela, linda aparição ,mas apática, reagindo impotente a sua triste estrada. Linda agora morta, apagou-se. Renegou impensadamente a sua tão esplêndida luz. "Amei muito amei", rosnava incansável. Aqui sinto triste esta luz, agora morta, antes reluzia. Inútil amor simplesmente tácito, escuro, longe assim me abandonou.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
SILÊNCIO
Eles sabiam o que devia ser feito,mas não fizeram
E durante anos sustentaram um silêncio
que nunca resultaria em ação
Por simples e puro medo de tentar.
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