Um sentimento que eu não consigo definir bem dentro de mim. Já não sei se me faz bem ou mal, só sei que sempre vem acompanhada de um aperto no peito e um nó na garganta.
Ás vezes a saudade é boa e traz a expectativa do reencontro, outras vezes é tão perversa que quando você percebe, ela só deixou dor.
Saudade, a minha vida é feita de saudade: saudade das brincadeiras e das cantigas de roda, saudade de sorrir até a barriga doer e me lambuzar de chocolate sem me importar com a opinião alheia, saudade de acreditar em contos de fada.
Saudade de quando as pessoas faziam laços e não contratos, de quando as crianças eram ingênuas e de quando a visita ao dentista era a principal preocupação.
Saudade daquele sorriso, dos amigos da infância, da escola, da faculdade, do trabalho, dos que já se foram e daqueles que permanecem dentro de mim, mas não perto de mim.
Saudade de dizer: "até amanhã". Saudade de tanta coisa que não posso expressar e nem medir que parece que vivo no passado.
A saudade não me incita a olhar pra trás, mas me impulsiona a viver intensamente, a dá valor as pequenas coisas e momentos, olhar pro coração das pessoas e não pra roupa que a define.
Porque se assim não for aquilo que amamos pode ser arrancado de nós inesperadamente e um dia pode se tornar em apenas mais uma saudade.
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